'para longe de mim co'essa broca!'
grita o banguela banhado em sangue
'temo pelo meu maxilar e a bolota
na cara, depois de seco esse mangue'
mas a ciência implacável do doutor
ignora nadalém doutro grito de dor
entra zelosa nas entranhas da gengiva
até tornar vermelha a incolor saliva
a calma agora atende por anestesia
no cosmos que é a boca do humano
cuja carne rósea, exposta em demasia
se entrega cega ao aço inox do tirano
enfim, terminada a pestilenta serenata
tiradentes, paciente, cada qual, um nada
quarta-feira, 29 de julho de 2009
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2 comentários:
E tu não querias a cor do sangue?
hydrou
Vou colocar esse, só porque gostei da palavra.
bofatena
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