diante dessas folhas que esvoaçam ao vento
dos caules milhas à paz que lhes diz respeito
carrego a dúvida que arrebata num estalo
aquele que vê uma planta estraçalhar-se
da garagem o frio existe
o teto úmido existe
medo existe
qual nada!
ainda que imagem nefasta
em seu mais fiel desdobramento
vejo a representação mais bela
do que comporta o prazer pleno
aos demônios o que está para ser!
tenho essa garoa feroz na ponta do meu nariz
um assovio estridente no meu ouvido
a violência que não humana me cala
*
contemplo e sorrio selvagem
aquilo que já se afigura caos
e perdido na vastidão da palavra
sinto o meu co-ra-ção palpitar
falta d'ar
coração
és boa rima demais pra ser dor
boa demais pra ser não.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
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